por Daniel Palma
Após 18 anos, o Trieste voltou a erguer a Taça Paraná. O título veio após o Tricolor vencer nos pênaltis o Fanático de Campo Largo. O gol que abriu os caminhos da glória foi de Feijão, que após a conquista da Série A da Suburbana 2023 anunciou que estava se aposentando. O atacante voltou atrás em sua decisão e faturou mais dois títulos pelo Trieste em 2024, a Recopa Amadora e o torneio estadual vencido no último sábado (01).
Sobre o jogo em si, Feijão comentou a montanha russa de emoções que o Trieste viveu ao reverter o placar negativo no jogo de ida e conquistar o título. “Esse jogo foi emocionante, né? Tivemos um revés lá no primeiro jogo, e poder reverter isso em casa, dar essa alegria pra essa monta de gente que tá aí no estádio é muito importante pra mim.”, celebra.
Feijão não pode dar sua contribuição na disputa de pênaltis. O atacante foi expulso aos 31 minutos do segundo tempo, por se desentender com Rodriguinho, do Fanático. Em relação ao lance, o camisa 11 comentou: “Eu tava apanhando até demais no jogo, daí na hora que o Rodriguinho deixou o braço e a perna em mim, fiquei de cabeça quente. Peço até desculpa para o Rodriguinho, empurrei ele, xinguei. Todo mundo sabe que eu não sou de briga, mas (o cartão vermelho) acabou sendo bom, o campo ficou maior, sobrou mais espaço e a gente conseguiu fazer o gol da virada”, comenta Feijão.
Após erguer o trofeu, o capitão triestino comentou a decisão de se aposentar anunciada no ano passado e a desistência da ideia. “A gente se machuca muito durante as competições, achando até que atrapalha o time. Por isso que decidi parar. Mas como eu comecei no Amador em 2003 lá no Urano, a caminhada é longa e a gente conhece bastante gente que nos apoia para não parar, né?”, explica. E se no ano passado, Feijão encerrou a temporada falando em parar, dessa vez a conversa é diferente. “Ano que vem eu pretendo continuar. Talvez seja o último, não sei, vamos ver até onde o corpo aguenta.”, afirma.
Feijão é um dos atletas mais longevos do amador na atualidade. Com uma carreira vitoriosa por diversos clubes, o jogador expressou sua vontade de eternizar seu nome com a camisa tricolor do Trieste. Pensamento que ele procura repassar para os companheiros mais novos. “Pra mim isso aqui não tem dinheiro que pague, cara. Eu falo pros meninos: ganhem títulos. Dinheiro vocês arrumam em algum trabalho (fora do amador). Mas você ficar marcado na história de um clube, que nem eu também tenho no Urano, Iguaçu, Fanático, Santa Quitéria…isso aí não tem dinheiro que pague. É isso que eu tô tentando colocar na cabeça dos meninos novos. Por onde vocês passarem, marquem história, ganhem títulos. Porque é isso aí que vai fazer vocês ficarem reconhecidos na rua, nos clubes, você poder chegar no Trieste e ver essa piazada chamando você pelo nome e não tem dinheiro que pague.”, finaliza.
fonte: doricoaopobre.com.br